
Por Maurício Zágari
Recentemente, na entrevista coletiva que deu para justificar a troca de Fátima Bernardes por Patricia Poeta na apresentação do Jornal Nacional, o jornalista William Bonner afirmou: "A informalidade é uma obsessão minha”. Todos sabem que esse telejornal é o mais influente do país. Certamente influencia as mentes de milhões de brasileiros que acreditam piamente naquilo que é transmitido por esse programa. Não sou um deles. Eu, como jornalista que trabalhei 11 anos nas Organizações Globo (2 no jornal e 9 na TV) sei o quanto de ficção existe na telinha. Como me disse um redator do Jornal do Brasil em 1994, "se o leitor soubesse como fazemos o jornal, ele não leria". Vivenciei situações nas redações que se você soubesse faria como eu, que há cerca de 7 anos parei de assistir a telejornais, ler revistas como a Veja e similares, simplesmente porque sei com absoluta certeza que grande parte do que vejo ali é balela. Sei como é feito. Vá por mim: ler um bom livro me acrescenta muito mais. Mas isso é assunto para outro post. O que quero tratar aqui é do que o Bonner disse: "A informalidade é uma obsessão minha”.
Recentemente, na entrevista coletiva que deu para justificar a troca de Fátima Bernardes por Patricia Poeta na apresentação do Jornal Nacional, o jornalista William Bonner afirmou: "A informalidade é uma obsessão minha”. Todos sabem que esse telejornal é o mais influente do país. Certamente influencia as mentes de milhões de brasileiros que acreditam piamente naquilo que é transmitido por esse programa. Não sou um deles. Eu, como jornalista que trabalhei 11 anos nas Organizações Globo (2 no jornal e 9 na TV) sei o quanto de ficção existe na telinha. Como me disse um redator do Jornal do Brasil em 1994, "se o leitor soubesse como fazemos o jornal, ele não leria". Vivenciei situações nas redações que se você soubesse faria como eu, que há cerca de 7 anos parei de assistir a telejornais, ler revistas como a Veja e similares, simplesmente porque sei com absoluta certeza que grande parte do que vejo ali é balela. Sei como é feito. Vá por mim: ler um bom livro me acrescenta muito mais. Mas isso é assunto para outro post. O que quero tratar aqui é do que o Bonner disse: "A informalidade é uma obsessão minha”.
Como um dos principais formadores de opinião do país, Bonner tem conseguido contaminar o país com sua obsessão. Não que ele seja o único responsável, certamente sua postura é apenas um reflexo dos tempos em que vivemos. Vivemos na era da informalidade e ele tenta mimetizar isso. Aparentemente o abandono do formal pode não soar como algo ruim, mas é preciso botarmos as coisas em perspectiva. Há muita coisa boa na informalidade, mas também há muito a se aprender com a formalidade. Temo por uma sociedade em que se abandona o equilíbrio.

Logo, "formalidade" fala de validade, equilíbrio, harmonia, paz, educação, polidez, integridade, objetividade, conteúdo. O que, a meu ver, são todos valores bíblicos e cristãos. No entanto, a sociedade pós-moderna do século 21 tem considerado esse conceito, "formalidade", como um mal. Coisa ultrapassada. Desnecessária. Velha. Antiquada. Castradora. O legal é ser informal, é a linguagem "Casseta & Planeta", é fazer o que "Pânico na TV" e "CQC" fazem: tratam todos em suas entrevistas e quadros como se fossem bobos da corte.



Na época em que minha mãe frequentava a escola (lá pelos anos 1940), os alunos ficavam de pé quando o professor entrava em sala. Sinal de respeito e admiração pelo detentor de conhecimento que fará com que cresçam na vida. Os bons Pastores - aqueles que de fato são homens de Deus, tementes ao Senhor e que choram por suas ovelhas - são dignos de dupla honra. Mas em nossos dias o respeito e a formalidade necessários no trato com aqueles que detém o conhecimento bíblico e espiritual e foram postos em nossa vida para nos guiar espiritualmente são vistos como algo desnecessário e ultrapassado. E, assim, a igreja vai afundando no mundanismo.

Desculpem, mas não é por aí. Mesmo tendo Jesus mudado aos olhos da humanidade o conceito da primeira pessoa da Trindade de "o Altíssimo Senhor dos Exércitos" para "Pai", no Reino dos Céus há muita formalidade. Não é o Reino do CQC. Marcelo Tas não é arcanjo e o repórter Vesgo não ladeia o trono de Deus. Faço questão de reproduzir aqui o que o apóstolo João diz ter visto em sua visão de Apocalipse acerca de como as coisas funcionam no Céu, descrito em Ap 5.6-14. Mesmo que certos aspectos sejam metafóricos, o que importa é o clima existente na presença do Soberano Deus. Leia com atenção:

Isso lhe parece formal ou informal? Litúrgico ou uhu? Hierárquico ou todo mundo no mesmo nível?

Isso lhe parece formal ou informal?
Oro a Deus que a obsessão de William Bonner e da nossa era não contamine ainda mais nossas igrejas e nossos irmãos. Em outras palavras: que o espírito mundano dos nossos dias permaneça fora das paredes dos lugares sagrados. Que saibamos que existe hora e lugar para tudo. E que, em nossas igrejas, nos comportemos com toda aformalidade que os anjos demonstram ter diante do trono de Deus.
Afinal, céus e terra passarão. William Bonner passará. Esta vida passará. Mas é bom estarmos acostumados à formalidade, pois ao chegarmos à presença de Deus teremos que demonstrá-la em toda a sua magnitude. Então, sugiro que você comece a treinar. Em vez de "Qualé, Paizão do Céu, tu é um cara maneiro pacas. Bora louvar aí, Jesus, canta um corinho animado!", comece a dizer "Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém!"
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Apenas
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